domingo, 29 de maio de 2011

Além de Ratinho e Superpop

É comum sociólogos e estudiosos apontarem a "massificação da cultura", "alienação cultural e política" de grande parte da população brasileira carente que não tem outro tipo de acesso à informação além daquelas que são veiculadas naquela caixa mágica, que não tem mais este formato, mas, cuja função continua a mesma, chamada televisão. E eles tem razão. As estratégias e métodos das classes dominantes para manterem as pessoas desconectadas da realidade, passivas e sempre consumindo; mantendo-as sob o estado de "anorexia informacional", ou seja, a falsa sensação de saciedade informacional e cultural que impedem as pessoas de ir além do que recebem, uma vez que supostamente elas estejam plenas e satifeitas.

Mas, felizmente, não são todas as pessoas que aceitam a comida, a diversão, e a arte racionada e mirrada que nos são empurrada goéla abaixo todos os dias. Uma parte da papulação das quebradas se cansaram de toda essa droga, que já vem malhada antes de nascerem, e estão criando elas próprias os seus próprios espaços culturais. Ouseja, tomando de assalto espaços inusitados e/ou inativos como bares, associação de moradores, terrenos baldios ou escolas e transformando-os em verdadeiros pólos de cultura onde procura-se fugir dos enlatados e criarem suas próprias receitas, seguindo seus próprios gostos: saraus poéticos, rodas de samba, teatro.

Portanto amigo(a) das quebradas deste mundaréu, agora não tem desculpas para ficar o tempo todo de folga afundado no sofazão assistindo Superpop ou Ratinho. É possível, falar que em todo o bairro tem alguma atividade cultural bacana rolando, é só chegar. E se ainda não tiver, crie uma você mesmo(a), porque você é capaz! Se quiser... Ôuxe!

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